A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar, tem vindo a acompanhar através dos diversos órgãos de comunicação social, as noticias referentes aos infortúnios que tem ocorrido, em matéria de emergência médica pré-hospitalar.
A SPEPH, lamenta todas as emergências às quais não tem sido dada a devida resposta no tempo recomendado, bem como todos os cidadãos que são privados de um verdadeiro Serviço Médico de Emergência, que promova a redução da mortalidade e morbilidade.
É para a SPEPH motivo de profunda preocupação, contudo não podemos deixar de salientar que o deteriorar deste serviço essencial era previsível, dado que não foi providenciada qualquer alteração, por forma a minimizar as consequências perniciosas que tem vindo a ser identificadas.
Com devida abordagem no que diz respeito aos atrasos que comprometem evidentemente a assistência aos pacientes, aumentado a mortalidade e morbilidade, não podemos nesta fase mais do que manifestar a maior prostração, e incredulidade da condição que o SIEM alcançou.
Aproveitar a oportunidade para salientar que ao contrário do que já foi referido, a Emergência Médica está comprometida, mas não é de agora. E haverá certamente responsabilidades que devem ser apuradas, sob pena de a detioração aumentar, com os riscos daí intrínsecos para os Portugueses.
A SPEPH nas diversas diligências que foi levando a cabo com diversas entidades, foi prevenindo e recomendando medidas, nomeadamente no que diz respeito ao despacho/envio de meios para situações que não representam reais emergências médicas, os recursos alocados aos Serviços Médicos de Emergência são de importância suprema, e não podem ser usados de qualquer forma.
Bem assim, como no que reveste o quadro formativo em Emergência Médica, este é também para a SPEPH motivo de imensa preocupação, dado que se ostenta um quadro que não se sustenta em evidências científicas atuais, desde logo as melhores práticas, reforçamos que a educação é a base da eficácia de qualquer Serviço Médico de Emergência.
E por isso defendemos que a educação terá que ser de nível superior, com base nas melhores práticas no momento.
As preocupações são diversas, e focadas noutras áreas dos Serviços Médicos de Emergência, que apresentam deficiências dramáticas.
A SPEPH irá desencadear as diligências que se mostrarem mais céleres e eficientes afim de prestar a cooperação e colaboração com as entidades a quem cumpre a salvaguarda do Estado de Direito Democrático, no caso concreto os Órgãos de Soberania.
27 de julho de 2022